quinta-feira, 22 de março de 2012

Conto - " O Encontro"


Num certo dia, numa cidade chamada esperança, Alexandre um músico extrovertido e bem comunicativo foi a uma festa com seus amigos. Ao entrar chamou a atenção de Suzan, uma garota retraída e muito tímida. Ela atraída por Alexandre vira pra sua amiga Carla e diz:
− Ele ainda vai ser meu!    
− Como assim? Você ainda nem o conhece!
− Mas vou conhecê-lo... no momento certo.
Afirma Suzan com determinação.                                                                                                                                                                        
Durante a festa em alguns momentos trocaram olhares cheios de intenções ocultas, porém nenhum teve a iniciativa, Alexandre estava no meio de seus amigos, e Suzan estava muito tímida.
Alexandre que era um cara conquistador, extrovertido e bem introzado, tratou logo de conhecer outras garotas. Por ser músico, era de todos e ao mesmo tempo de ninguem. Suzan imaginou não ter tocado o coração dele, por isso se entristeceu e comentou com Carla.
− Ele não está nem ai pra mim.
− Calma amiga como você mesmo disse: Espere o momento certo!
Neste momento Carla da uma força a sua amiga e fala para ela não desistir.
 Na noite seguinte, entre olhares tímidos e desconfiados, aconteceu o mais esperado encontro. Ela passeava com sua amiga quando Alexandre passou por ela e disse:
− Posso te conhecer?
− Porque não?!
Respondeu Suzan com interesse, cheia de charme e ousadia.
 Começava naquele momento um lindo romance.
 Alexandre e Suzan se envolviam cada vez mais em suas palavras durante o primeiro encontro de tal modo que os olhos brilhavam como estrelas cintilantes. Os corações ah... Esses batiam tão acelerados que pareciam sair pela boca.
Depois de algumas cantadas de Alexandre mal sucedidas, finalmente os lábios se encontraram, e quando eles menos esperavam já estavam envolvidos em beijos calientes, numa noite fria e enluarada.
Além de se beijarem, eles conversaram muito, claro! Não queriam que ficasse somente naquele encontro. Ao passar do tempo foram se envolvendo mais e mais e ali continuava uma linda história de amor.
Que seja eterno enquanto dure.      

Resenha Temática " O inimigo agora é outro"


Os gêneros textuais a serem abordados no decorrer da resenha são: Um texto em forma de entrevista, um filme e   
O assunto a ser discorrido nesta resenha refere-se às milícias que atuam nas favelas do Rio de Janeiro. O motivo da escolha deste tema é uma tentativa de esclarecer o que está por trás desta organização criminosa que reprime pessoas comuns e indefesas desta prática ilícita.
Segundo uma entrevista de Paulo Storani, mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense, ex-Subcomandante do BOPE no Rio de Janeiro e consultor do Filme Tropa de Elite, cedida ao fórum brasileiro de segurança pública, as milícias são organizações de poder paralelo formadas por policiais, ex-policiais, bombeiros, agentes penitenciários e integrantes das Forças Armadas, que extorquem e controlam os moradores das favelas reféns deste sistema.  De acordo com o texto foi feito um levantamento pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (Draco) da Polícia Civil, de 250 comunidades mapeadas no Rio de Janeiro, mais de 100 são controladas pelas milícias. A corporação fez um mapa das comunidades de acordo com a organização que está presente, seja tráfico ou milícia. Ainda segundo a Polícia Civil, mais de 20% da população – ou 1,2 milhões de pessoas vivem em favelas dominadas por traficantes de drogas.
As milícias representam um enorme desafio à segurança pública do Rio de Janeiro. “Utilizando práticas de extorsão, os milicianos impõem seu poder sobre os moradores das comunidades onde se instalam e passam a ter controles sobre a comunidade, tais como: vendas de gás, linha telefônica, internet, TV a Cabo, etc.” Na verdade a população fica refém de pessoas que teoricamente deveriam protegê-las, mas, no entanto fazem completamente o oposto, massacrando, aterrorizando os moradores.
O filme “Tropa de Elite 2” dirigido por José Padilha estrelado por Wagner Moura, mostra a realidade cruel das favelas no Rio de janeiro, onde o inimigo na primeira saga era os traficantes, nesta versão, se torna outro, as milícias. O sistema se reinventa e descobre como lucrar sem o intermédio do tráfico, revelando-se as relações das milícias com o Estado. Com muita crítica o diretor do filme retrata a corrupção da polícia brasileira, mostrando que ninguém é inocente! O BOPE continua a briga contra o Comando Vermelho, desarticulando o poder dessa organização criminosa, em contrapartida abre assim caminho para a máfia da PM carioca e o surgimento das milícias.
No filme é retratada a ascensão de um policial militar corrupto, o Major Rocha. Rocha percebe que, ao eliminar a figura do traficante, ele não estaria deixando de receber a propina que vinha recebendo, mas sim poderia passar a controlar diretamente a comunidade, eliminando assim o intermediário e tendo lucros maiores. Assim, ele e seu grupo passam a comandar uma comunidade. Inicialmente a população favelada pensa que tem uma vida melhor, quando na verdade, são vítimas de policiais corruptos mercenários que ficam cada vez mais ricos à custa da miséria do povo.
No filme “Tropa de Elite 2”, as milícias utilizam muitas vezes ações tão ou mais violentas do que os traficantes para manter seu domínio. “Os milicianos eliminam o terror e implantam o medo e o controle nas pessoas. Observa-se a forma violenta que eles tratam as pessoas que denunciam e que se posicionam contrárias à presença deles. Com medo da represaria a população se sente acuada e com isso evitam denunciar tornando-se “escravos da lei miliciana”.
Foram implantadas no Rio as UPP’s (Unidade de Policia Pacificadora), que são pequenas bases policiais montadas em algumas favelas, porém, atuam somente em favelas que até então eram dominadas pelo tráfico, e não estão implantadas nas favelas onde as milícias atuam segundo Paulo Storani ex-Subcomandante do BOPE no Rio de Janeiro. Um dos males desse sistema é que policia encobre policia, a lei é dura para os menos favorecidos.

No artigo do escritor Admin no site ucho.info – A marca da notícia,  mostra mais uma realidade do Rio de Janeiro em relação as milícias. O deputado estadual pelo PSol do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo deixará o Brasil em companhia da família,  porque está ameaçado de morte por milicianos que dominam perto de trezentas áreas em todo o estado do Rio de Janeiro. O Presidente da CPI das Milícias, que teve lugar na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro em 2008, Marcelo Freixo foi informado recentemente que sua morte fora encomendada por R$ 400 mil. Diante da inoperância das autoridades de segurança do Rio, que não avançam nas investigações, o parlamentar decidiu aceitar a oferta da Anistia Internacional. Diante da falência novamente comprovada do Estado, Marcelo Freixo não teve outra opção que não a de deixar a sua terra natal, como forma de acalmar a própria família e reorganizar a sua segurança pessoal. Outro caso que atenção para esse assunto é de Alexandre Neto, um dos mais experientes policiais fluminenses e delegado, também foi ameaçado pelos próprios colegas de corporação. Certa feita, ao deixar o prédio onde mora, na Zona Sul do Rio de Janeiro, Alexandre Neto, alvo de uma emboscada, foi duramente metralhado, mas por obra do Criador acabou sobrevivendo.
O Brasil poderia ter outros rumos, a milícia é só mais um dos problemas existentes no nosso País, se não fosse alguns fatores como, por exemplo, os governantes que se aproveitam de situação para fazerem campanha eleitoral e ganhar votos e votos, principalmente em ano de eleições. Ninguém fica de fora desta crítica no Brasil. Nem mesmo os cidadãos comuns, que como eleitores colocam no poder aqueles que infelizmente se envolvem direto ou indiretamente com as milícias, e ainda por cima, lucram às nossas custas. Existem meios para se acabar com essa prática miliciana; um acompanhamento constante por parte do poder público, uma ação policial mais rígida, o próprio governo Estadual e Federal serem mais firmes nas suas ações, mudanças no código penal brasileiro e o mais importante é preciso educar a nossa geração para que no futuro tenhamos cidadãos mais conscientes respeitando o próximo.

Resenha Crítica - Filme "Desejo e Morte"


De acordo com Kanitz, a ambição é tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções para o novo milênio. As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro. A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como viajar
pelo mundo. No fim da viagem você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição.
O filme Desejo e Morte, escrito por Les Weldon, estrelado pelos atores principais: Patrick Bergin (Taylor Lewie) e Joan Severance (Angela Carter) apresenta um roteiro em torno da morte do primo da prefeita. O caso aparenta-se ser normal e de fácil solução, e tudo leva crer que a esposa é a grande suspeita por apresentar interesse no patrimônio do marido, no valor estimado de seis milhões de dólares mais outros bens. Em uma das provas a promotoria relata sobre um acordo pré-nupcial cujo mesmo dizia que se ele se divorciasse ela não teria direito a nada, porém se ele morresse, ela teria direito a tudo.
Durante as audiências do julgamento Ângela Carter se mostra uma manipuladora numa tentativa de provar sua inocência ao mesmo tempo de seduzir e induzir a promotoria a encontrar outro suspeito.
Taylor que é o assistente da promotoria busca pistas evidentes para tentar solucionar o caso, porém por já estar envolvido pela “suspeita sedutora” vai até o fim para provar sua inocência. Mesmo criticado por todos, haja vista, ele já ter errado em um caso anterior onde condenou uma inocente que morrera na prisão.
Pondo fim às provas (fita de vídeo com as gravações do dia em que seu marido fora morto), Ângela alcança seu objetivo com a ajuda de Taylor onde somente eles dois sabem que o marido da mesma se suicidou. E para a promotoria o caso é fechado com a morte de um antigo namorado de Ângela, que sabia do suicídio do seu marido, e foi acusado de ter assassinado o primo da prefeita, o cujo mesmo tinha grande interesse nesse dinheiro.
Kanitz relata em seu texto que não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter "grandes" ambições. As pessoas mais ambiciosas que conheço não são os pontocom que querem fazer um IPO (sigla de oferta pública inicial de ações) em Nova York. São os líderes de entidades beneficentes do Brasil, que querem "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil". Esses, sim, são projetos ambiciosos.
Levando em conta o que podemos entender como ambição, esse tema nos leva a questionar e refletir sobre essa ambição que não é sadia para o ser humano, qual limite da busca pelo dinheiro? Até onde iríamos para conquistar nosso objetivo financeiro? Tais perguntas nos remetem a pensar no que o ser humano é capaz de fazer para conseguir um “status” financeiro e, com isso desencadear perigos e frustrações. O dinheiro pode “cegar” uma pessoa, ela é capaz de até mesmo “matar” outrem para tomar posse desse dinheiro, pois o mundo é capitalista e vive em função do dinheiro, é o que rege sua vida. A sociedade é cruel, você é o que você tem.
A ambição pelo dinheiro é um dos fatores que atingem algumas famílias, de forma frustrante e ameaçadora. Esta ambição muita das vezes faz com que o individuo desconheça o seu próximo, logo, os seus conceitos, ensinamentos e a ética são todos esquecidos.
Retomando as palavras de Kanitz, O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário. Por quê? Dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos. Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição. Monica Levinski, uma insignificante estagiária na Casa Branca, colocou a ambição na frente da ética, e tirou o Partido Democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, pelo enorme sucesso da economia na sua gestão.
A ética e o auto-controle são fatores importantes para se obter uma vida financeiramente saudável e consciente, sem se esquecer os valores humanos. O dinheiro não pode ser o elemento principal, e sim um fator preponderante para uma vida estável, tranquila, mas sem deixar de lado os valores morais, éticos, sócias e familiares.